PARTIDA

Mundo, mundo vasto moinho
Do tempo desdobrando flauta
Em cínicos amores.

Preste atenção querida,
Te avisei
Que a cidade é um vão
E precoce era a partida.

Mas você preferiu a beira do abismo
Cavado com seus próprios pés
Nas esquinas em que sua vida cai
Reduzindo as ilusões a pó
Para que melhor fosse partir
E eu pudesse te mandar escritos.

Anunciada a hora da partida,
Você se foi nunca tendo sido minha,
Mas apenas rainha dos sonhos meus.

6 comentários:

  1. "Preste atenção querida; de cada amor tu herdarás só o cinismo." Mesmo quando resolvidos, a gente costuma deixar a vida cair em qualquer esquina. Sem querências?As vezes a gente cava um buraco achando que ta fundando uma casa e ainda pula de cabeça achando que é a piscina do quintal.A gente não tem que ter jeito de panaca e com mão exposta na janela pra passar a mão nela, na vida, que seja firme pra que em pouco tempo não se corra o risco de não saber, ver mais o que és.

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  2. mtas coisas n valem a pena. a poesia sim.

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  3. “A sociedade não é simplemente semelhante a língua. Ela é a lingua”.

    Tá lindo seu conjunto blog-poesia!

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  4. Gabi, que bacana seu "metatexto'... Acho importante continuar lendo as coisas escritas aqui e movimentar a escrita que é nossa por nos atravessar... Obrigada!

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  5. Ono, que honra seu comentário... Sei que é uma pessoa exigente!(risos) A poesia sempre vale... E não o quanto pesa! Continue lendo e sabatine!Beijos

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  6. Rafaella Lima, o baiaodeuma agradece seu olhar encantando e disposto... Continue lendo, por favor?(risos) Obrigada!

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