ASSOBIO

Na intensidade dos encontros,
Entre paixões tristes,
Entre paixões alegres,
Ser todo em qualquer coisa,
Alguns é são que são 
E nunca vão ser. 
 

Na falta, a medida do gostares,
Todas as cartas de amor ridículas,
Por quês inconclusos, não definitivos,
O que mais vale à pena é estar vivo,
Apesar dessas e outras.


Se alguém se deixa,
Alguém se deita.
Se alguém de deita,
Alguém se deixa.
Se alguém se deitar deixar,
Se alguém se deixar deitar,
Deixa se alguém deitar.
Deita se alguém deixar.
Deixa se deitar alguém.

Deita se deixar alguém
Que o corpo sinta seu tempo,
Que a terra roda redonda em seu eixo,
Mais alto que a cabeça.

O espaço no rodar lento
Sua vida como vertigem
Do tempo a fluir, seu fluir-se,
E menos que existe,
No seu estar só estar-se.

Um comentário: